Biografia

Filho de imigrantes judeus poloneses, os pais eram gaitistas[1] Começou a tocar gaita de boca aos cinco anos de idade, desde então se apresentando no colégio franco-brasileiro onde estudava até os 13 anos de idade.

Carreira

A constância do músico com referência ao instrumento foi tanta que, já aos 10 anos, Einhorn começou a participar dos renomados programas radiofônicos de calouros da época, tais como "A Hora do Pato" e "Papel Carbono"[2] (na Rádio Nacional); e mesmo o programa de Ary Barroso e das Gaitas Hering na Rádio Tupi[3], ao lado de Fred Williams e outros.

Ainda adolescente tocou em duos, trios e quartetos sendo que no início da década de 1950 introduziu-se nas linguagens dos estilos jazz e choro[4]. Sua primeira gravação foi em 1949 quando, na música "Portate Bien" solou com um conjunto de gaitas Brazilian Rascals. Apresentou-se com Waldir Azevedo e seu Regional na Rádio Clube do Brasil. Por volta de 1955 no Hotel América, já extinto, em frente ao Clube Hebraica conheceu Durval Ferreira durante um baile em que Maurício Einhorn tocava. A primeira música dos dois, "Sambop", foi gravada em 1959 por Claudete Soares no LP "Nova Geração em Rítmo de Samba", em que fez participação. Depois vieram: "Estamos aí" (com Durval Ferreira e Regina Werneck) gravada por Leny Andrade"Tristeza de Nós Dois" ( com Durval Ferreira e Bebeto); "Batida Diferente", "Nuvem" e "Clichê" (todas com Durval Ferreira), "SamBlues" (com Durval Ferreira e Regina Werneck) e muitas outras[2]. Teve destaque na bossa nova[2], movimento cuja influência mudou os rumos da MPB.

Entre os anos de 1964 a 1966, participou em diversas gravações épicas e histórias do movimento da bossa nova, destacando os discos de "Luiz Carlos Vinhas - Novas Estruturas" e os dois Lps "Os Gatos" e "Aquele Som dos Gatos". Participou também no lançamento do primeiro disco da cantora Tânia Maria - Apresentamos, selo Continental, em 1966, das três faixas que gravou duas músicas de sua autoria em parceria com violonista Arnaldo Costa, "Ficou na Saudade" e "Paz de Espirito" (letra de Lula Freire). Ainda em 1966, gravou seu primeiro disco em parceria com o violonista Baden Powell sob o título de "Tempo Feliz", para o selo Forma do produtores musicais Roberto Quartin. e Wadi Gebara Tocou com Vitor Assis Brasil, em 1975, e atuou em várias gravações de Pery Ribeiro, Chico BuarqueClaudete SoaresGilberto Gil e muitos outros. Participou nas trilhas sonoras de diversos filmes.

Ainda na década de 1960, no ano de 1968, participou do Festival Internacional da Canção (da Rede Globo de Televisão), como também no festival da Rede Record de Televisão e participou do movimento Musicanossa, gravando as faixas de sua autoria "Alvorada" (em parceria com Arnaldo Costa e o letrista Lula Freire) e "Sistema" (com Arnaldo Costa e letra de Marcos Versiani) no disco "Isto é Musicanossa". Em 1972, a convite do músico brasileiro Sérgio Mendes, residente nos Estados Unidos, Einhorn foi para esse país e chegou a tocar com famosos expoentes do jazz como o guitarrista Jim Hall,o contrabaixista Ron Carter e o gaitista belga Toots Thielemans[4]. Com seus amigos, os pianistas brasileiros Eumir Deodato e João Donato participou da gravação do disco "Donato/Deodato". Em dezembro de 1972, retornou ao Brasil. Em 1973, gravou um compacto cujo tema foi o filme "O Último Tango em Paris" (na gravadora Tapecar). Também lançou o LP de trilhas sonoras "The Oscar Winners"[2]. Em 1975 gravou para o selo Phillips um LP que deveria ter sido o primeiro a aparecer com o seu nome mas que, por razões comerciais, foi batizado com o nome "A Era de Ouro do Cinema". Em 1976 fez parceria com o violonista Sebastião Tapajós[4]. Em 1979, saiu o primeiro LP solo em seu nome - "ME - Maurício Einhorn", pela etiqueta Clam[2], destacando os clássicos que marcaram seu início de carreira as faixas "Estamos Aí" (marca registrada na voz de Leny Andrade), "Batida diferente" (sucesso do Tamba Trio), "Tristeza de Nós Dois" (presente no fabuloso disco de Luiz Eça & Cordas) e "Alvorada". Lançou outros discos em 1984 e 1985 pela Interdisc na Argentina. Em 1993 apresentou-se no SESC Pompéia em São Paulo de onde foram gravados as faixas para o seu quarto disco, pela etiqueta Tom Brasil. Em 1996 gravou o CD "Os Solistas" ao vivo com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzzetta e Paulinho Nogueira depois, relançado pela Moviedisc. Em 1996 gravou novamente com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta e Altamiro Carrilho o CD independente "Nas Águas do Brasil (O Encontro de Solistas)".